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Foto do escritorRebeca Scaravelli

A dieta da gestante é capaz de impactar a saúde de seu filho na idade adulta?

Como nutricionista materno-infantil, um dos meus maiores objetivos sempre foi conscientizar as futuras mamães sobre a importância de um acompanhamento nutricional adequado ao longo da gestação.

Isso porque, além de controlar o ganho de peso excessivo - minimizando os riscos de uma série de doenças relativamente comuns durante a gestação - o cuidado com a alimentação também é fundamental para que tanto a mãe quanto o bebê obtenham o aporte necessário de nutrientes para que o desenvolvimento de ambos ocorra da melhor maneira possível.


Mas, recentemente, uma nova descoberta foi feita: pesquisas mostraram que a alimentação da mãe - acompanhada por uma suplementação adequada durante o pré-natal - pode ter um impacto muito mais profundo na saúde da criança, com benefícios observados, inclusive, a longo prazo.


De acordo com um estudo realizado em conjunto pela Universidade de Harvard e a Nutrition International, uma organização global dedicada a levar apoio nutricional para países menos desenvolvidos, a adequada suplementação nutricional materna é capaz de reduzir consideravelmente a probabilidade de as crianças desenvolverem doenças crônicas não transmissíveis (DNTs) ao longo da vida.


"Sabemos que a nutrição materna aumenta as taxas de sobrevivência, promove crescimento e desenvolvimento adequados e, agora, vemos que ela também pode afetar a saúde da criança na idade adulta", comentou o professor Goodarz Danaei, um dos responsáveis pelo estudo.


Mas o que são Doenças Crônicas Não Transmissíveis?


De modo geral, são classificadas DNT's as doenças que se desenvolvem de forma lenta, silenciosa e sem apresentar sintomas, mas que comprometem muito a qualidade de vida e oferecem grave risco ao indivíduo.


Bons exemplos de DNT's são as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (bronquite, asma, rinite), hipertensão, câncer, diabetes e algumas doenças metabólicas, como a obesidade e a dislipidemia.


A propósito, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), essas doenças citadas acima são responsáveis por 63% das mortes no mundo e também correspondem a 74% das causas de óbitos no Brasil, o que torna o estudo realizado em Harvard ainda mais importante, sendo este o primeiro a quantificar o impacto intergeracional da suplementação pré-natal nas DNTs.


Ou seja, quando você opta por um acompanhamento nutricional adequado durante a gestação, não está apenas pensando na sua saúde no curto prazo, mas principalmente, na saúde do seu filho a longo prazo.


Já pensou nisso?


São ‘apenas’ nove meses de empenho e dedicação… para uma vida inteira de resultados.


E convenhamos: não existe herança melhor no mundo que possamos deixar para os nossos filhos do que a possibilidade de uma vida plena e saudável, não é mesmo?


Por isso, não negligencie o que nós temos de mais importante. Busque um profissional da área, siga suas orientações, repense suas escolhas alimentares, peça por um cardápio personalizado que atenda às suas necessidades e, acima de tudo, respeite a sua rotina e a sua realidade.


Sua rotina é muito corrida? Não tem problema. Eu, por exemplo, faço atendimentos online. Você não precisa se deslocar até mim, basta ter em mãos um computador ou celular com acesso à internet.


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